Joubert de Oliveira Sobº
Em resposta ao colunista da VEJA André Petry em seu artigo Lembra-te de Darwin publicado em 01.02.09.
Por trás de seus argumentos está a ideia de que fé e conhecimento são antagônicos; de que a Ciência trata das evidências e a fé da falta de evidências. Fé não significa falta de evidências. Mesmo assim, a concepção Naturalista apresenta o Darwinismo como verdade sendo que ela é apenas uma teoria, a teoria da Evolução.
Teoria se define como conhecimento especulativo, racional, hipótese, conjectura, justamente por não se possuir provas. Ou que certeza temos da estrutura dos organismos iniciais, da composição dos oceanos primitivos, das condições atmosféricas ou dos mecanismos da evolução? Não existem provas, mas sim hipóteses. O que é uma hipótese? É o conjunto de condições que se supõe serem verdadeiras e que são tomadas como ponto de partida para deduções; em ciências experimentais, é a explicação plausível dos fatos, provisoriamente adotada, com o principal objetivo de submetê-la à verificação metódica através da experiência; por fim hipótese é a teoria provável mas não demonstrada.
Você não se assusta com o fato, ou melhor, com o crime, de uma teoria ser ensinada como verdade absoluta nas escolas, sendo que nos meandros científicos, há mais de 25 anos não mais se aceita que o homem tenha vindo do macaco? Deveria se assustar, pois a Revista NewScientist acaba de lançar sua edição com o texto de capa: DARWIN WAS WRONG – Cutting down the tree of life. Nela está um artigo e um editorial explicando que Darwin estava errado com sua árvore filogenética da vida e apresenta comprovações que correspondem exatamente ao inverso da teoria evolutiva. Caso interesse - Artigo:
http://www.newscientist.com/article/mg20126921.600-why-darwin-was-wrong-about-the-tree-of-life.html?page=1
Editorial:
http://www.newscientist.com/article/mg20126923.000-editorial-uprooting-darwins-tree.html
Você diz ser inaceitável que o criacionismo seja ensinado em biologia para explicar a origem das espécies. Você já se deu conta de que todo livro de Biologia começa criacionista? Afinal qual é a primeira Lei da Biogênese? Vida gera vida. A teoria da evolução vai contra essa Lei afirmando que a Não-vida gerou vida! E você não se assusta?
De dentro do vale da generalização e do preconceito se diz que o criacionismo é religião e não ciência. Este pensamento é tão errado quanto afirmar que a Teoria da Evolução é comprovada. O Criacionismo é Ciência sim, basta ver as divisões do estudo do Design Inteligente, de onde vem o estudo do Criacionismo, que contem o Criacionismo Especial e, neste, o Criacionismo Bíblico. Convém lembrar que a teoria do Design Inteligente (1802) foi apresentada 50 anos antes dos estudos de Darwin, com William S. Palley e sua proposta extremamente racional do relógio e o relojoeiro. Darwin leu seus livros e o elogiou dizendo ser uma das melhores partes de sua formação acadêmica.
O Dr. Michael Denton, Biólogo Molecular em sua obra Evolution: A Theory In Crisis, fez esta afirmativa em resposta à idéia de que o criacionismo é coisa religiosa:
“Pelo contrário, a inferência do planejamento (teoria da criação) é uma indução puramente a posteriori baseada numa aplicação inexoravelmente consistente da lógica e da analogia. A conclusão pode ter implicações religiosas, mas não depende de pressuposições religiosas”.
Ou seja, aceitar que existe um criador é um ato racional, análise de Causa Primária, é Ciência. Agora, aceitar quem é o criador é um ato de fé. Aqui está a Pressuposição Religiosa, a Religião. A Teoria da Criação Especial apresenta propostas passíveis de observações, lógica, leis e testes científicos e, é isto que configura uma teoria séria.
Aliás, o Professor Adauto Lourenço, um respeitável cientista cristão que ama e respeita a Bíblia e trabalha e dignifica a Ciência - do qual adquiri boa parte desta pesquisa - concluiu: “A Ciência devidamente estabelecida e a Bíblia corretamente interpretada nunca entrarão em contradição” .
Com muita facilidade se despreza as grandes contribuições benéficas que a Bíblia trouxe aos que estiveram e estão sob sua influência desde há milênios. Permita-me listar algumas. Espero que se assuste.
A ciência descobriu a pouquíssimo tempo que microorganismos causam infecções e doenças. No entanto, sem ser científica, na Bíblia, as orientações sanitárias na Lei de Moisés (orientadas por Deus) eram perfeitas para evitar epidemias e pragas entre o povo de Israel, coisa que não acontecia em outras culturas.
Até a primeira guerra mundial, dez vezes mais soldados morriam de doenças infecciosas do que de ferimentos de guerra, devido à ausência de higiene no trato com seus dejetos. No entanto, fazia parte do instrumental de cada soldado judeu, além das armas, uma pá com a qual deveria cobrir seus dejetos após defecar (Dt 23.13). Ora, Moisés foi orientado no Egito. Os egípcios acreditavam, então, que as feridas poderiam ser curadas esfregando-as com esterco de camelo. De onde veio a informação de que enterrar dejetos era mais higiênico?
Quando a peste negra atacou a Europa e quando a lepra se espalhou, os judeus eram condenados pelos simples fato de que estas pragas não estavam se alastrando em seus guetos. Por quê? Porque não tinham esgotos correndo por suas ruas como em Paris, cujo destino era o Sena onde as pessoas, além de se banharem, bebiam de suas águas.
"Recentemente" a inflexibilidade e ignorância bíblica da instituição religiosa vigente quase matou Galileu e muitos outros por afirmarem, entre outras coisas, que a terra era redonda, etc. Porém, há 700 anos a.C., o profeta Isaías (40.22) afirmava que: "Ele (Deus) é o que está assentado sobre o globo da terra". No hebraico, a palavra traduzida por globo é círculo, circuito, redondeza.
Vemos o conhecimento bíblico à frente da ciência moderna em detalhes que convém considerar. No livro de Jó, alguns o consideram o livro bíblico mais antigo, nos informa que a Terra está suspensa no espaço e, no verso seguinte, fornece uma descrição da evaporação, 26.7,8.
Uma das novidades da ciência moderna foi constatar através da segunda lei da termodinâmica, que a matéria da qual o universo é feito está decaindo e que este, portanto, não é eterno. Isso não é novidade no conteúdo bíblico há milênios. No Salmo 102.25 e 26 somos informados que o universo criado por Deus irá envelhecer como uma roupa velha. Isaías 34.4 diz que o “exército do céu se dissolverá, e os céus se enrolarão como um pergaminho; todo o seu exército cairá”. Não é interessante? Ou seria assustador?
Que dizer da ordem divina de circuncidar a criança no oitavo dia? Somente um rito religioso? A ciência constatou que o fator de coagulação do sangue atinge seu ponto máximo no oitavo dia após o nascimento, depois cai novamente. Ainda que caísse num sábado a circuncisão deveria ser feita! Como conseqüência, não havia hemorragia nas crianças. O desdobramento disso? Baixa taxa de câncer cervical entre mulheres judias devido à circuncisão de seus maridos!
Em muitos hospitais da Europa, no começo do século XX, os médicos saíam da sala de autópsia e, sem lavar as mãos, iam fazer partos. As taxas de mortalidade entre mães parturientes e recém-nascidos era altíssima. Joseph Lister, que deu continuidade ao trabalho de Pasteur, levou seu departamento a lavar as mãos antes de cada procedimento médico. Resultado? Uma dramática redução na taxa de mortalidade. Ele se tornou o fundador da cirurgia anti-séptica. De onde ele tirou esta informação? Como médico cristão, resolveu aplicar os conhecimentos adquiridos na Bíblia! Neste caso a ciência levou os louros.
Nada mencionarei do caráter profético da Bíblia, inexplicável pela ciência, (centenas de profecias cumpridas ao longo da história a respeito de pessoas, cidades, povos e nações), cuja característica não se encontra em nenhum outro escrito religioso. Neste aspecto, basta mencionar Peter Stoner, professor emérito de ciências da Faculdade de Westmont, que trabalhou com seiscentos estudantes para cálculo de probabilidade matemática de apenas oito profecias do AT serem cumpridas em qualquer pessoa da atualidade. Resultado obtido: 1 em 1017.
Para ter-se a idéia do cálculo, Lee Strobel imaginou toda a terra seca do mundo coberta com ladrilhos brancos e quadrados de 3,81 cm de lado, havendo apenas um ladrilho pintado de vermelho na parte inferior. Uma pessoa deveria perambular pelo mundo durante toda a vida pelos continentes. Ser-lhe-ia permitido abaixar uma única vez e apanhar um único ladrilho. Qual seria a probabilidade do ladrilho escolhido ser aquele cuja base estava pintada? A mesma de oito profecias do AT serem cumpridas por qualquer pessoa em toda a história. É uma análise bem científica, não acha?
Para quarenta e oito profecias do AT, o resultado foi 1 em 10157, o mesmo que localizar um átomo em um trilhão de trilhão de trilhão de trilhão de bilhão de universos.
Que benefício a ciência tem oferecido em relação à morte? Não digo em relação à extensão de vida, mas à morte mesmo. Estudiosos dizem que em breve poderão prolongar a vida até 120 anos devido às conquistas da ciência. Ora, em Gênesis 6.3, Deus pôs um limite à vida humana: 120 anos!!! Quem falou primeiro?
Estupefato você pergunta: Que cientistas saem de escolas que embrulham o racional com o místico? Espero ajudá-lo a se livrar deste assombro listando abaixo alguns, segundo o seu critério, “embrutecidos” por confundir crença e superstição com razão e ciência.
Comecemos com as escolas “embrutecedoras”: Universidades de Harvard, Princeton, Yale, Cambridge, Oxford e a de hoje, Mackenzie. Todas estas começaram como centro de estudos teológicos. Fundamentavam todo o conhecimento no estudo da Bíblia.
Agora vamos aos “embrutecidos” pela mistura venenosa à qual se referiu:
· Johannes Kepler (1571-1630) – Responsável por descobrir as leis de movimento planetário (Três Leis de Kepler). Este “bruto” disse:
“O mundo da natureza, o mundo do homem, o mundo de Deus: todos eles se encaixam... (Deus) o Criador trouxe à existência todas as coisas do nada.”
· Sir Isaac Newton (1643-1727) – Esse bruto, monstro da Matemática, Física, Óptica, Astronomia, Fundador da Mecânica Clássica teve o “desplante” de aceitar a Bíblia como autoridade em todos os assuntos! Aos 27 anos este evangélico protestante inglês dedicou grande parte de seu tempo ao estudo da Teologia reformada.
· Leonhard Euler (1707-1783) – O mais prolífico matemático de todos os tempos, responsável por um terço de tudo que foi publicado na área de ciências exatas em sua época, era uma evangélico protestante suíço. Tão “embrutecido” foi que até hoje aterroriza a juventude com Cálculo Diferencial e de Variação, Funções, Teoria Numérica, Logaritmo, etc. Talvez tudo isto tenha sido fruto de misturar fé com razão... Afinal aceitava a Bíblia como única verdade absoluta! Dizia que a estrutura do Universo é perfeita em razão de um sábio Criador.
· James Clark Maxwell (1831-1879) – Outro rude evangélico protestante escocês que abalou o mundo ao publicar os fundamentos do Eletromagnetismo Clássico; As quatro equações de Maxwell, Teoria Cinética dos Gases. Responsável pela tecnologia da eletricidade e magnetismo e seu desenvolvimento atual. Como ele pode concluir e contribuir com a Ciência se estava “intoxicado” a ponto de escrever sobre a infalibilidade e inerrância da Bíblia?
· James Prescott, Joule (1818-1889) – Este deve ter sido um evangélico protestante inglês muito “grosseiro”. Ele é o Fundador da Termodinâmica, Lei de Joule, etc. Calculou a velocidade das moléculas de gás, estabeleceu o princípio da conservação de energia, Efeito Joule-Thomson, etc. Em seu livro Termodinâmica ele, em provável “desatino”, escreveu: “O próximo passo pós o conhecimento e a obediência à vontade de Deus, deve ser conhecer algo sobre seus atributos de sabedoria, poder e bondade manifesto nas obras de suas mãos”. Inclusive as primeiras Leis da Termodinâmica também contrariam a teoria da evolução!
· Wernher Von Braun (1912-1977) – Ph.D. em Ciência Aeronáutica, evangélico luterano, chamado de o pai dos foguetes, desenvolvedor do projeto Apollo, disse , provavelmente “embrutecido” pela mistura fé e Ciência: “Ao contemplar os vastos mistérios do universo, temos apenas a confirmação de nossa fé na certeza do Criador. Acho difícil compreender um cientista que não reconhece a presença de uma racionalidade superior por trás da existência do universo, tanto quanto seria difícil compreender um teólogo que negasse os fatos da ciência”.
Esse é o tipo de cientista, gente “embrutecida”, que vai sair das escolas que ousam ensinar a ciência do criacionismo!
Se Darwin foi um gênio e os senhores acima mencionados, segundo o seu critério, foram embrutecidos pela confusão da crença e superstição misturada com a razão e a ciência, de duas, uma: ou vamos evoluir até chegarmos a macacos ou vamos concluir que os “brutos” também pensam.